Porque assistir DARK a nova série da Netflix

Quem me acompanha no blog já esta cansado de ver posts sobre sci-fi e a minha declaração de amor por esse gênero, quando o assunto são viagens no tempo eu sou ainda mais fascinada, sem dúvidas é um dos meus assuntos favoritos. Dark, a série alemã da Netflix ficou dias no meu aplicativo, sem saber muito bem o que esperar, me permiti dar uma chance quando alguns amigos comentaram sobre. 

Comecei a série sem nenhum spoiler e sem nenhum trailer, totalmente fora do universo, assistindo o primeiro episódio fiquei com a reação "Que viagem é essa, véi?" porque a série não te mostra muito sobre o que ela quer falar, mas ela te pega pela curiosidade, fica incerto a origem dos acontecimentos e somente no terceiro episódio é revelado o tema principal e sua trama começa a fazer sentido.

A série chegou a ser comparada com Stranger Things, mas achei bem mais intrigante e sombria. Girando em torno de quatro famílias que estão conectadas e aos poucos vão sendo ligadas umas às outras pelos seus segredos e passado, a série começa com o desaparecimento de Erik Obendorf, deixando a cidade em alerta, alguns dias depois outro desaparecimento é relatado, quando um grupo de amigos vai até a floresta e ao chegar à caverna local algo assustador aparece e Mikkel (o mais novo do grupo) também desaparece sem deixar rastros.

Os personagens são mostrados aos poucos e singelamente você vai entendendo um pouquinho sobre cada um. Jonas, um dos jovens do grupo principal da série cria um certo destaque graças a um fato no primeiro episódio que vai acabar gerando uma grande descoberta no decorrer da história. A trama é envolvente e a cada novo episódio você vai descobrindo coisas novas, não acho que seja uma série de senso comum por exemplo, porque quando se trata de tempo e paradoxos nem todo mundo consegue ver o sentido e as coisas se encaixando, sem contar no fato da série ser intensa e com uma atmosfera bastante densa, é necessário querer se prender à proposta, pois, dificilmente você irá se prender em algum personagem logo de cara.

A fotografia da série é incrível, cheia de tons frios e apagados trazendo uma memória melancólica e obscura, a trilha sonora por sua vez acompanha o visual e traz os pontos certos de suspense que o telespectador precisa para raciocinar e acompanhar os fatos. A atuação é desenvolvida e apesar de ter muitos personagens gerando uma certa confusão, em momentos específicos você consegue ver lado a lado na tela os personagens do passado e presente, unindo os dois tempos e fazendo a associação ficar mais fácil. Como disse anteriormente, por se tratar de muitos personagens talvez você não consiga criar aquele carisma por nenhum deles logo de cara, sem contar que você vai sabendo muito lentamente sobre cada um deles.

A série teve um baita plot twist* e foi se estendendo com outros plots menores que vão desenvolvendo bem a narrativa e levam para um final, digamos instigante, e que sem dúvidas precisa de uma continuação para fazer sentido, sendo que muita coisa ainda ficou com pontas soltas e mal resolvidas. Aguardaremos ansiosos para a continuação dessa obra incrível e diria que (em termos de conjunto) uma das melhores do ano de 2017.

*Plot twist é uma mudança radical na direção esperada ou prevista da narrativa de um romance, filme, série de televisão, quadrinho, jogo eletrônico ou outra obra narrativa.

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